sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Papagaios no poleiro...











O Sporting Clube de Portugal manifesta a sua indignação e estranheza pelas declarações proferidas pelo presidente do Conselho de Arbitragem, publicadas hoje, num diário desportivo. Com as mesmas ficou clara a cobardia em discutir os assuntos pessoalmente e a falta de interesse em alterar o que está mal no futebol português. Esta entrevista apenas visou desvalorizar o trabalho elaborado, classificando de «ideias» as propostas concretas apresentadas, chegando mesmo a afirmar que as mesmas não podem vir a «contribuir para uma melhoria do futebol ou das arbitragens».
Como é o do conhecimento público, o Sporting Clube de Portugal elaborou um dossier detalhado com um conjunto de alterações que considera necessárias para a transparência e salutar competitividade do desporto nacional e que envolvem temáticas diversas desde fiscalidade, arbitragem, agentes desportivos, fundos, entre outras.
As propostas apresentadas materializam-se em alterações legislativas e regulamentares e não se limitam à apresentação de meras questões conceptuais. Os propósitos desta documentação são bem claros, constituindo uma base de trabalho, para partilhar, discutir e enriquecer, com o contributo de todas as partes interessadas em melhorar o desporto nacional e a indústria do futebol, em particular.
Neste momento essa documentação está entregue a grupos de trabalho com a participação de mais de metade dos clubes da I e II Ligas, para posterior apresentação nas entidades nacionais e internacionais competentes.
O referido dossier, depois de apresentado aos Grupos Parlamentares do PSD, PS, CDS, PCP e Bloco de Esquerda, ao Ministro da Administração Interna, ao Secretário de Estado da Juventude e Desporto e Liga Portuguesa de Futebol Profissional, foi alvo de reunião na Federação Portuguesa de Futebol, no passado dia 16 de Janeiro.
É importante realçar que Vítor Pereira, presidente do Conselho de Arbitragem, esteve presente na referida reunião. Neste encontro estiveram ainda presentes, o vice-presidente, Hermínio Loureiro, o secretário-geral, Paulo Lourenço, e o próprio presidente da FPF, Fernando Gomes, manifestou o seu agrado pelas propostas apresentadas, afirmando que as iria integrar nos grupos de trabalho já existentes na FPF, sendo, inclusivamente coincidentes com algumas já em desenvolvimento.
No decorrer da reunião o presidente do Conselho de Arbitragem, tendo oportunidade e o dever, em sede própria, não expressou qualquer comentário ao documento. Ao invés, preferiu agora vir, na praça pública, tentar descredibilizar o trabalho realizado, contrariando o acordado entre o presidente do Sporting Clube de Portugal e o presidente da Federação Portuguesa de Futebol. Na altura foi combinado a realização de um trabalho conjunto, tendo por base a documentação apresentada, a que Vítor Pereira anuiu não se expressando contra.
Este comportamento em nada dignifica o órgão a que preside e em nada contribui para a transparência e melhoria do futebol nacional, mas talvez possa justificar muito do que se passa actualmente.
Não será por atitudes destas que os clubes, que estão a trabalhar neste documento, irão deixar de o fazer com a mesma dedicação e que não irão lutar de forma determinada pelas alterações fundamentais que transformem de vez o futebol.

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