sábado, 22 de fevereiro de 2014

Rio Ave 1-2 Sporting. Live to fight another day

Acabou há pouco o jogo em Vila do Conde, entre Rio Ave e Sporting, num jogo que se revelou tão complicado como se previa. Num relvado preocupante que até ao apito inicial parecia adequado face aos remendos e ao perdão meteorológico mas acabou por não durar mais do que 5 minutos em condições para a circulação de bola por parte das duas equipas.

Sporting alinhou com Dier a render o castigado Rojo, e Wilson Eduardo no lugar de Carlos Mané. A equipa, no seu todo, entrou algo nervosa, estática e apática com a pressão a meio-campo do Rio Ave, que conseguiu anular o processo de construção por parte de Adrien e Martins. Para além da boa organização, o Rio Ave saiu rápido para o contra-ataque, criando perigo e até ficou muito perto de marcar, não fosse pelo esforço de Maurício e Patrício a evitar o golo dos Vilacondenses. O Sporting não foi capaz de criar perigo e acabámos por assistir a mais uma primeira-parte que qualificaria como... Mhé...

O intervalo trouxe um Sporting diferente. Com o puto Mané a vir baralhar o meio-campo, mais rápido, vertical e criativo que André Martins. A equipa começou bem mas acabaria por levar uma punhalada, num lance que começa por uma "bobeira" de Jefferson (palavra do própria, eu não diria melhor), que viria a perder a bola e termina com o autogolo de Maurício. Não me interessa o que diz o Luís Freitas Lobo sobre as nuances tecnico-tácticas do lance, para mim a culpa foi um azar do caraças.

Neste jogo e em algumas situações da vida, às vezes é preciso dar um passo atrás para se dar dois para a frente. Poucos minutos depois do golo sofrido, Jardim retira Wilson Eduardo, mete o gigante Slim na frente e encosta Mané na ala, assumindo o 4-4-2 com Montero nas costas do ponta-de-lança. A equipa alargou e instalou-se no meio campo adversário, aumentou o ritmo e a pressão e o golo surge através de uma excelente investida de Jefferson pela esquerda, um cruzamento com precisão de "drone" e um cabeceamento assassino do Argelino.

Nuno Espírito Santo, treinador do Rio Ave teve uma atitude louvável e quiçá ingénua ao não fechar a porta e pregá-la com tábuas. Slimani podia ter marcado o segundo nem 5 minutos depois de cabecear para a igualdade, não fosse a excelente defesa de Ederson. Jardim pedia mais aos homens da frente e lançou Carillo para os últimos 10 minutos para o lugar de Heldon.

A 5 do final, o recém entrado Peruano aproveita a falha de pragmatismo da defesa do Rio Ave e cruza para o excelente remate à meia-volta de Carlos Mané que viria consumar a reviravolta do Sporting na partida. Euforia no estádio dos Arcos, Leonardo Jardim sentou-se no banco, o seu trabalho estava feito. Os merecidos 3 pontos não fugiram ao Leão.


Nesta altura, com apenas 10 jornadas pela frente, o Sporting tem já mais pontos do que no total da época passada. Dá que pensar...

Temos mais 10 objectivos pela frente - o primeiro, já no próximo Sábado, na recepção ao SC Braga sem Montero nem Adrien, que cumprem suspensão por acumulação de amarelos no campeonato. Mais uma batalha, naquela que será uma noite de reencontros para os dois técnicos intervenientes.

Hoje, na minha humilde opinião, o melhor em campo: Mister Jardim


domingo, 16 de fevereiro de 2014

Olhanense em Alvalade - de regresso às vitórias!

De novo de regresso às vitórias. 
O Olhanense mostrou porque é que está em último lugar e o Sporting mostrou que a derrota na Luz ainda está presente. Uma boa primeira parte com dinâmica mas muitos falhanços e uma ansiedade que não se recomenda. 
O sócio da APAF Sr. Hugo Miguel fez uma arbitragem ao nível dos juvenis da 3ª Divisão Distrital (que nem sei se existe) e anulou mais um golo limpo ao Montero, mantendo-o longe dos golos mas fazendo sobressair a enorme quantidade de jogo que este sempre constrói para a equipa.
Mais uma vez fica claro que é neste jogos que se ganha ou perde vantagem na classificação do campeonato. Ainda voltando ao jogo da semana passada, se não se tivessem perdido 2 pontos com a Académica era escusado ir à Luz jogar num esquema de risco sem pedras fundamentais como William e Jefferson. Talvez Leonardo Jardim quisesse mesmo assim arriscar e testar a equipa num dérbi com mais ousadia, mas se estivéssemos em primeiro lugar, podia-se ponderar ir à Luz com um meio-campo reforçado e uma táctica de maior contenção, o que o empate anterior tirou da agenda.

O campeonato do Sporting começa agora.
Os outros dois vão ter mais jogos, maior pressão, maior cansaço, mais lesões e os habituais casos de indisciplina dos Quaresmas e dos Cardosos. Faltam 11 jornadas, ou seja, 33 pontos. Quem perder menos pontos, no fim ganha.         

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Simples...

Acabou há pouco o clássico na Luz. Depois da "falsa partida" de Domingo, hoje o tempo deu tréguas e deixou a rapaziada jogar à bola.
As equipas apresentaram os mesmo "onzes" anunciados no fim-de-semana, o que acabou por matar o suposto efeito surpresa que Leonardo Jardim pretendia com a inclusão de Fredy e Slim na frente e apenas com Heldon como extremo de raiz.

A grande (enorme, gigante, colossal) falta de William Carvalho no miolo acabou, na minha opinião, por ditar a forma como a equipa do Sporting iria (não) conseguir pôr as ideias do treinador em prática. Eric Dier esforçou-se mas está a anos-luz de William na posição 6 (aquele 2º golo parece saído de um jogo de iniciados). Quer a defender, quer a construir, Adrien e Martins (hoje como falso médio-direito), não podiam largar muito a mão do Inglês.



Como o meio campo não funcionou, o Sporting não funcionou. Simples. Quando parecia que o Sporting se ia soltar das amarras e começar a pegar no jogo (minuto 20, minuto 40, minuto 55, minuto, 75, etc.), viram-se demasiados erros básicos na construção, gente parada, sectores desligados, nunca deixando a equipa ganhar "momentum" para assumir a partida.

Lá na frente, Heldon trabalhou bastante, mostrou alguns pormenores que podem (e devem) deixar Carillo, Wilson e Capel com vontade de acordar mais cedo para o próximo treino. Slimani tentou, procurou a bola, mas por questões meramente matemáticas (2 > 1), não conseguiu fazer frente a Luisão e Garay. Montero, começou o jogo pertinho do Argelino mas a bola não chegava tão longe. Foi descendo, descendo, descendo até ficar demasiado longe do Argelino.

Enfim correu praticamente tudo mal. Para ser absolutamente sincero, podíamos ter levado mais 1 ou 2.

Mas o futebol, para irritação de muita gente (incluindo eu próprio), joga-se entre duas equipas. Do outro lado esteve um benfica onde saiu tudo bem (diga-se em plena justiça, a não ser pela azelhice de alguns encarnados e alguns momentos de génio do Patrício a negar uma noite negra).

Finalmente, um jogo sem casos, sem palhaçadas, sem muita pancadaria (o Maxi, obviamente, fez questão de tentar acabar com a carreira de alguém), onde o árbitro esteve bem sem procurar fazer parte do espectáculo.

Perder é sempre horrível. Deixa-me doente. Ainda mais um jogo destes que me deixou três dias a coçar-me todo. Mas... e vou escolher as minhas palavras com muito cuidado para não ofender ninguém... por muito que me doa a admitir, perder desta maneira custa-me um bocadinho menos... Epá, os gajos jogaram mais à bola que a nós, ganharam. Ao contrário dos últimos jogos (clássicos e não-clássicos) este sim, senhor Jesus, foi "Limpinho, Limpinho".

Hoje, perdemos bem.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Cerrar fileiras e preparar a próxima batalha... na Luz.

Mais um penalti claro por marcar e 27 ocasiões de golo falhadas e a distância para o primeiro lugar manteve-se em 2 pontos. A Académica veio jogar no sistema 1-9-1 e levou um ponto de Alvalade. Pior que o empate é o cartão amarelo de William Carvalho que o afasta do jogo da Luz. Como já tinha dito, talvez não seja nesses jogos que se ganham Campeonatos, mas é seguramente a desperdiçar pontos com as Académicas deste mundo que estes se podem perder.




Entretanto - e desculpem o desabafo - desde que se soube que é lícito vender obras de arte do Estado em saldos para abater a dívida, lembrei-me que no Museu dos Coches há mais de 30 carroças (que já nem andam) prontas a despachar por uns trocos, basta encontrar um vendedor e um comprador sem escrúpulos.    





 


cortesia do Parque dos Poetas

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Ora bem, vamos lá fazer contas... entradas e saídas recentes

Aqui estão os rostos dos novos reforços

Heldon, extremo de 25 anos, cumpre a quarta época no Marítimo. O jogador é 24 vezes internacional pela selecção de Cabo Verde, com 9 golos marcados.



Shikabala, 27 anos, médio criativo do Zamalek do Egipto, 27 vezes internacional, esteve 2 anos no PAOK mas as coisas não lhe correram bem. Todos lhe reconhecem um enorme potencial, mas...




Ousman Dramé 21 anos, joga no flanco esquerdo, estava emprestado pelo Pádua ao Lecce e era pouco utilizado. Tem nacionalidade francesa e ascendência maliana e vem para crescer na equipa B.




Matias Perez 20 anos, defesa central do Club Asuncion, tem 14 internacionalizações pela selecção sub-17 e sub-20 do Paraguai e vem para crescer na equipa B.



Sami 25 anos, joga no flanco esquerdo do ataque do Marítimo, tem 3 internacionalizações pela Guiné-Bissau e uma planta física impressionante. Fica na Madeira até ao fim da época. 




Destes, a compra de maior risco é a de Shikabala. Com nome de pistoleiro mexicano, tem cara de quem é capaz das maiores atrocidades e um histórico de episódios de indisciplina extraordinário. Mas com este Presidente e este Treinador, quer-me parecer que, ou começa a atinar ou não tarda e vai reforçar a equipa B do Lourinhanense.
Além dos reforços garantidos, o Sporting também "arrumou" a casa no que toca a saídas: Jeffrén rescindiu e Labyad foi emprestado ao Vitesse até 2015, uma operação que permite poupar, em termos absolutos, cerca de 10 milhões de euros em salários. Além disso, Rinaudo, cedido ao Catânia, rendeu meio milhão aos cofres do Sporting, que também colocou Betinho, Nuno Reis, Tobias Figueiredo, Salomão, João Mário e Salim Cissé a "rodar" noutros clubes.