domingo, 5 de janeiro de 2014

Até já, Eusébio

Quando se relembra aquela exibição em Inglaterra em 1966, com a camisola da Selecção Nacional,  em que Eusébio virou o resultado de 0-3 contra a Coreia do Norte para uns esmagadores 5-3 e os 4 golos marcados nesse encontro, perdoa-se tudo, esquece-se tudo e tem-se saudades do monstro, do fenómeno que foi Eusébio. 
Até se esquece a transferência fraudulenta do Sporting de Lourenço Marques para a Luz e o facto de a sua presença ter transformado o SLB dum clube de segunda linha para um dos grandes da Europa. 
Eusébio foi o maior jogador português do Século XX e um símbolo maior de Portugal e, todos são unânimes, um Homem Bom.  


P.S. - passei parte da manhã ao volante e, por via disso, a ouvir a emissão non-stop da TSF sobre a partida de Eusébio, onde dezenas de pessoas que com ele conviveram foram entrevistadas. E nestas entrevistas há pérolas que não se esperam ouvir... A certa altura o Dr. Bagão Fèlix contava detalhes sobre o lado humano e fraterno de Eusébio e referiu como se lhe aplicava bem a frase de John Lennon  que a vida de um homem se mede não pela idade, mas pelo número de amigos que fez. Pergunta imediata da jornalista: "E o Eusébio tinha amigos?" ... silêncio de 2 segundos... e diz Bagão Félix, "Pois era isso que eu queria dizer, ele tinha muitos amigos..." Daí a pouco o inefável João Malheiro dava conta das horas que tinha passado com Eusébio, da biografia que escreveu dele e dos inúmeros episódios que lhe ouviu contar, "alguns dos quais irreproduzíveis aqui". E a jornalista pergunta "Então e não nos pode contar algum desses episódios agora?" ... silêncio de 2 segundos... e diz João Malheiro "Pois, desculpe esses não posso mesmo, percebe, são irreproduzíveis..."


1 comentário:

  1. Já para não falar da entrevista de Mário Soares à RTP... É triste ver uma das maiores figuras políticas do nosso país neste estado de senilidade...

    ResponderEliminar