segunda-feira, 15 de setembro de 2014

À atenção de Marco Silva… empatar em casa NÃO CHEGA

Convenhamos que a campanha não está a ser brilhante - 3 empates e 1 vitória em casa sobre o Arouca (com um golo marcado nos descontos) nos 4 primeiros jogos do Campeonato.
Este jogo com o Belenenses em Alvalade foi um alerta que não se pode ignorar.

Nas declarações após o jogo, Marco Silva justificou o empate com a ansiedade que se vem apoderando dos jogadores à medida que o tempo passa e as oportunidades não são concretizadas.
È uma explicação razoável, mas não justifica tudo.
Pessoalmente, não acredito que a assumpção da candidatura ao título nacional seja susceptível, por si só, de condicionar grandes ansiedades no plantel.
Com toda a certeza o discurso oficial é devidamente trabalhado internamente, no balneário e junto de cada jogador, para se tornar um incentivo e não um ónus ou um encargo.
Parece-me que estes resultados envergonhados estão mais directamente ligados ao momento de baixa de forma de alguns jogadores do que à psicologia. O William Carvalho é uma sombra do que fez na época passada, o Adrien Silva teve uma noite desastrada, os avançados não rematam ou, quando o fazem, fecham os olhos e perdem a noção da baliza.
Na segunda parte houve 5 pontapés típicos do rugby -1 do William, 2 do Mané, 1 do Nani e 1 do Slimani - que devem ter ido parar ao McDonalds ali ao lado.
Nenhum dos 746 centros para a área adversária foi feito como deve ser, com a bola a chegar tensa e a meia altura, boa para cabecear.
E talvez não se resolva tudo acrescentando mais e mais avançados à medida que o tempo passa, quando se percebe que a inspiração geral é difusa.

Quando o talento não basta, não há outro caminho para ganhar os jogos senão correr mais, saltar e lutar mais do que o adversário.
Quando a bola não entra na baliza com uma boa jogada, é preciso atravessar a linha de golo com ela agarrada pelos dentes.
E nesse capítulo ainda não conseguimos ser superiores (o empate em Coimbra foi exemplo).

Bom, esta semana temos jogo da Champions e vai ser preciso comer a relva.
É um jogo longe de casa, num ambiente hostil, é afinal uma excelente oportunidade de retomar o trilho das vitórias e dos golos.
   
O Árbitro não esteve mal 90% do tempo, apesar da careca. No fim do jogo, passou-se. 
O síndrome de impunidade que lhes foi incutido nas actuações em Alvalade veio ao de cima e a expulsão de Jefferson é inacreditável. Numa fase em que o Belenenses queimava 80% do tempo útil de jogo em atrasos e simulações, 2 jogadores do Sporting tentam ajudar a levantar um “lesionado”, quando o árbitro intervém – Cosme Machado empurra 2 vezes (!!!) Jefferson, este reage por palavras e o árbitro dá-lhe amarelo e expulsa-o da partida e do próximo jogo.
Esta é uma cena a que o destemido Cosme não se atreveria na Luz – e muito menos nas Antas (na mesma noite estaria a receber sms de números anónimos a ameaçar os filhos).
Mas em Alvalade ainda temos de aturar a falta de nível destes Cosmes e de outros que tais e a seguir pagar o prejuízo.

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