Este post está na fronteira do razoável para este blog, no formato combinado entre os autores. Mas arrisco, neste Out.2013, escrever o seguinte com todas as letras:
Após o congelamento forçado de salários há 4 anos (e correspondente perda para a inflação), após o corte cego de 10 a 15% no valor nominal, após a sobretaxa de solidariedade de 3,5%, as taxas de IRS até 45%, a suspensão dos subsídios de férias e Natal, o congelamento há anos de avaliações, promoções e prémios, o alargamento do horário de trabalho, quem nos governa anuncia despudoradamente agora a harmonização (corte) de pensões e a redução de 5% provisória a passar a definitiva nos salários dos trabalhadores da Administração Pública portuguesa.
Isto, ao mesmo tempo que se balbuciam louvores hipócritas à capacidade trabalho e qualidade do “funcionário do Estado”, sempre que as Finanças entregam o Orçamento a horas, que um criminoso é apanhado pela Polícia, que um novo transplante é realizado num Hospital ou quando mais um Bombeiro morre em serviço.
Neste último caso, têm de dar a quem cá fica a notícia da redução prevista da pensão de sobrevivência já para o ano e com efeitos retroactivos.
Neste despudor a única coisa que não falta e que nunca se põe em causa são os milhares de milhões sempre disponíveis para injectar no sector financeiro falido e fraudulento e a generosidade no recrutamento de adjuntos, assessores e especialistas pagos pelas rubricas orçamentais públicas.
Posto isto, ponho-me a pensar… se faz algum sentido chamar incompetentes, aldrabões e gatunos aos árbitros portugueses da 1ª Liga de Futebol?
Ora, convenhamos que faz muito pouco sentido, mesmo.
Sinceramente, só me faz lembrar das nossas brincadeiras de miúdos em que íamos puxando a corda a ver quando é que o Pai se passava...
ResponderEliminarA corda vai esticando, esticando... Um dia... Snap!