Os guarda-redes do Sporting

Vamos avançar para a análise dos sectores da equipa.

Não vale a pena mais referências nem à cena da Última Ceia - nem ao discurso dos toureiros e das faenas.    A imbecilidade está a tomar conta do regimento.      E Jesualdo ficará para depois.

Rui Patrício, 24 anos, 1,88m, no Sporting há mais de 10 anos depois de ter percorrido todos os escalões de formação. Ultrapassadas as primeiras oscilações após a subida à equipa principal, é apenas, neste momento, o MELHOR guarda-redes português e titular indiscutível da Selecção Nacional. 
Alcunha: São Patrício, Enorme Patrício e Extraordinário Patrício. 

Com efeito, seguindo as suas exibições ao longo deste(s) triste(s) ano(s), é fácil reconhecer que o Sporting só chega ao Natal acima da linha de água e da descida de divisão, devido à segurança e acerto constante do seu desempenho. Muito mais seguro na colocação entre os postes, tem demonstrado ter reflexos espantosos e a intuição aguda necessária para fazer fantásticas defesas, que muitas vezes evitam a derrota ou minimizam os estragos de possíveis goleadas. 

Como pontos fracos, depois de corrigida alguma timidez na saída da baliza, talvez ainda haja a melhorar a voz de comando para os seus colegas da defesa no posicionamento dentro da grande área para fazer face às bolas paradas (que eles bem precisam, Santo Deus). E ainda a utilização do pé direito na reposição da bola em jogo - sendo manifestamente o seu ponto mais fraco (de vez em quando saem umas roscas…) é extraordinária a frequência com que os colegas de equipa, sobretudo a defesa, tentam colocá-lo à prova e fazem atrasos estúpidos à queima- roupa para o seu lado direito. 

Marcelo Boeck  

Brasileiro de 28 anos, com 1,91m, chegou ao Sporting em 2011 após 4 épocas no Marítimo. Quando veio para o Sporting já Marcelo Boeck tinha a noção de que seria 2º guarda-redes, em competição com Tiago, enquanto Patrício mantivesse a boa forma e não se lesionasse. 

E isso não o fez esmorecer, não o desmoralizou (nunca protagonizou cenas idiotas como as do sérvio Stojkovic) e sempre que é chamado a titular invariavelmente sai-se bem. 

A isto acresce a sua contagiante atitude de incentivo e entusiasmo que transmite quando está no banco – vive o jogo com emoção, grita, aplaude e protesta mais do que qualquer outro. Sem saber o que se passa no balneário, diria que Boeck é uma mais-valia de crença e força anímica e não é por ele que a atitude dos demais não é a ideal. 

Ou seja, na posição de guarda-redes o Sporting tem o melhor que poderia desejar – um grande guarda-redes em muito boa forma e um suplente à altura que a qualquer momento entra e dá tanta segurança como o primeiro.

Se todos os outros sectores fossem assim, estaríamos a liderar o campeonato.

Por isso, qualquer notícia relacionada com vendas nesta área… são um susto e (mais) uma asneira colossal.